terça-feira, 30 de julho de 2019

Chanson de la plus haute tour (tradução minha)


Oisive jeunesse
À tout asservie,
Par délicatesse
J'ai perdu ma vie.
Ah! que le temps vienne
Où les cœurs s'éprennent.

Je me suis dit : laisse,
Et qu'on ne te voie :
Et sans la promesse
De plus hautes joies.
Que rien ne t'arrête
Auguste retraite.

J'ai tant fait patience
Qu'à jamais j'oublie;
Craintes et souffrances
Aux cieux sont parties.
Et la soif malsaine
Obscurcit mes veines.

Ainsi la Prairie
À l'oubli livrée,
Grandie, et fleurie
D'encens et d'ivraies,
Au bourdon farouche
De cent sales mouches.

Ah! Mille veuvages
De la si pauvre âme
Qui n'a que l'image
De la Notre-Dame!
Est-ce que l'on prie
La Vierge Marie ?

Oisive jeunesse
À tout asservie,
Par délicatesse
J'ai perdu ma vie.
Ah! que le temps vienne
Où les cœurs s'éprennent.




CANÇÃO DA MAIS ALTA TORRE
(Rimbaud, tradução minha)

Juventude ociosa,
Desserviço de tudo,
Uma delicadeza horrorosa
Fez de mim um absurdo.
Que venha, que venha
o amor que a alma desenha.

Diz-me: esquece tudo
e que ninguém te veja:
sem promessas no escuro
e salmos entre cervejas.
¡Que nada possa parar-te,
ou do refúgio apartar-te!

Tanto tenho esperado
que agora fiquei surdo;
temores acovardados
sumindo no céu curvo.
Enquanto a sede odeia
e obscurece minhas veias.

Assim a fértil pradaria
que o olvido engana
cresce com sua rosaria
de incensos e verbenas.
Sujo montão de moscas
zunindo -- é muita a bosta.

Ah! Viuzês danosa
de pobre alma danada
que busca, pegajosa,
enroscar-se em Nossa Senhora!
Quem reza em agonia
agora, para a Virgem Maria?!

Juventude ociosa,
Desserviço de tudo,
Uma delicadeza horrorosa
Fez de mim um absurdo.
Que venha, que venha

o amor que a alma desenha.




Nenhum comentário:

Postar um comentário