Das
alturas luminosas insondáveis,
do discurso
esotérico especial ---
‘’reivindicando
a autoridade do iniciado
verborragicamente’’
--- de volta ao perempto,
restos
de simulação da hora sonhada:
salsugem
íntima e cuspe oceânico
regressando
entre as fragatas.
Mar
sub-júdice, reagrupado pelo Pleno
em antes
e depois, ressurrecto
após o
precipício gritado aos séculos
e a
cegueira das estátuas de cálculo frio
andando
sonâmbulas no pátio, vertigens
entranhadas
no próprio cenho...
Mar em
estado puro, faminto
de
improvisos e mormaços radioativos,
de
joelhos, para que seu mistério
impere,
desfabulado, nos degraus do artifício.
Narro
aqui a turbulência instantânea
maturada
como escala, bagaço de
via diplomática
intermediária, incendiária
cortina
que o mundo culmina nas alturas
de
soturnos estratagemas.
Respirar
a glória de estar só
e à
salvo, não enriquece muito
o
poema entre setas, que Deus,
onde a
vida real é imaginada,
expõe
à claridade imóvel da manhã,
isento
das estátuas destroçadas.
Manhã,
água inaugural e rajada fria
de enunciação,
onde tocar qualquer coisa
instala
antilhas sombrias no tato
e ‘’instantes
estacionários em seus
começos
totais’’.
Esse
monólogo divino entre setas
nos tornou
todos mais secretos
no
transitório-assombro que o aborda.
Vós,
que sois tão rápidos,
vejam
as perspectivas refletidas
nos
horizontes expulsos, na água
acima
da zona onde a linguagem
leva
tudo de roldão, sem intérpretes.
Mal-entendidos
testados
pela retórica,
até o pó,
num
aclive transtornado
do mar
se aventuram.
Matheus Dulci, KM
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