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Tratou-se, em primeiro lugar, de um ato político entre dois chefes de Estado, absolutamente normal do ponto de vista da rotina diplomática. Um deles adverte não ter sofrido nenhuma pressão do outro, enquanto alguém nos bastidores agita um pé de coelho no ar com uma das mãos, e na outra segura a cartola de onde devia ter saído o coelho inteiro. O horizonte da cupabilidade é arisco, e não se deixa fixar facilmente pela análise legal fria, quem dirá pelas câmeras e microfones. A dívida emocional contraída nas últimas eleições, o compromisso com a desforra, a sombra do direito e até mesmo uma antítese do senso de responsabilidade política são invocados ''urgentemente'' como substitutos imediatos ao horizonte de culpabilidade inascessível --- marco de todo o amadorismo que estamos testemunhando. Perguntam-se agora, todos os cidadãos de bem da América, com que forças poderão contar para arrancar o entulho de versões contraditórias transformado em processo de impeachment daquela experiência da vingança cuja idéia, sabe-se, segue sendo muito ''apreciada por aqueles para quem tão somente o VINGADO (das Gerächte) é o JUSTO (das Gerechte).
KM
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