Apostou-se
tudo por uma ilha verde
em
ícones tranquilos e homens vistosos
de
razão científica, admirando beldades ruivas
em
esplêndidas mansões de capital.
''Sabes
que no mar de dados não se afogarão
e que
da luta sináptica emergirão sãos e salvos?'',
como
portfólios, diziam... De fato, naquela noite
nem o
mar nem o combate assustavam
as
novas rupturas; até mesmo ria-se
enquanto
elas arranhavam com mais força,
e
ainda mais rápido, sobre a cama,
o coração
selvagem que arrancava
de
repente rumo à interrogação final:
'Poderás
ainda erguer-te
sob as
vinte e oito baionetadas
e os
cinco buracos de bala
na sua
camisa nova?''.
Nem
todo mundo gostou
de
ouvir aquele SIM.
‘’Arrancos de Billy The Kid,
no entanto,
ficam para depois;
enquanto
os vazios prevalecentes
nas respostas
prontas
às
versões de escuta aguda
que lá
fora o mundo liga em nós
perspectivam-se...
‘’(e apesar
de gastas, sub-reptícias
e
queimadas por tanta discórdia
na
clausura da escuridão ouvida)
‘’estou
certo de tomar posse, dentro do papel,
daquele
sentimento seminal da VONTADE
que
reúne e põe diante de,
que dissimulo
com a incurável
gagueira
poética das palavras,
‘’e a
cada novo arranco da luta
a exposição
expõe-se a si mesma, e temo
desenraizar
as firmas de minha pegada
na
resistência contraditória da trilha,
irreconciliável
no prumo perverso,
hiper-exposto,
transpalavrado al dente).
‘’Provocando
o Tesouro
com sua
caneta Crosse já seca?
(perguntavam
ao poeta)
Riscos
de papéis-Ferrari
e rangidos
éticos,
jogando
com Porsches-Parlamento
de
pavios-curtos, auto-aplaudidos
na insistente
tecla do apuro?’’.
Ali negociava-se
em falso, des-
maiado
por dentro, gênio rindo,
insoníaco,
no cômputo rápido de todos os erros.
Todas
as vozes ali forçavam
a carne
a decidir-se rápido, após
‘’tanto
ensaio’’ (reclamavam).
De outro
ângulo: cacofonia
de ponta
a ponta, hélice-turbo
instalando
legendas ocultas
nas
vertigens das imagens falantes
---
acordos tácitos?, supunha o jornal.
Inquisitorialmente,
divagava-se.
Toda a
crueza do cerco discreto,
quarando
ao sol do olhar ---
inteiriço
na tv, sem armistício.
Esperava-se,
para se ver tudo de longe.
E sem alívio,
o peso daquela espera
sem aceno,
germinava meus restos.
Poemas
em postos esquecidos
rejuvenesciam
sua promessa,
dia após
dia, no segredo roubado
espartanamente,
Logos-Prometeu.
No
córtex sonegado da Tradição
o Mal
se fazia ouvir, com seus rasgos
de respiração
metálica, crescendo qual onda,
rangendo
e depois secando ao sol.
Aquela
não era a morte mirrada,
molhada
que me haviam preparado.
Diante
da cena, o Céu resistia
com seu
pastoreio de restos,
restos
dos restos, comum
à
promessa humana dos disfarces
(sempre
com segundas intenções).
Se
deduz inclusive que havia
uma discussão
séria, desdentada ali,
ocultando
os degraus do investidor.
Elástico-retrátil?
(riam) e através dos riscos
entrecruzados
da Sombra, às costas,
o riso
dos jornalistas transformava
suas chacotas
em violentas chibatas.
A
noite, no entanto, acabava grata
ao sonho
governamental desfeito nela,
inconsciente
coletivo denteando-se, no rigor
da
vigília contínua. Ordenação
plausível,
sem contra-senso libidinoso
no
modo de veicular-se. Crítico pur.
Matheus Dulci
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