Entre
pele cicatrizada e pouso de emergência
eu apontava
para o centro do medo, sinal
da
densidade pestilenta de nossas fobias,
excedendo
critérios ingênuos de câmbio
em favor
de maiores alcances explícitos,
livre de
toda percepção cifrada.O Aberto.
Mas se o
concreto evola-se em conceitos
e ampliam
os objetos considerados
desmesuradamente
(nada é invisível!),
a
negociata enfraquece seus sinais,
a coluna
em torre de decifrações
contínuas,
induz o coro vertiginoso
à render-se
à Maquiavel e Hobbes,
suas
sombrias idéias de homem e história.
E vejo
até Max Weber aqui, de novo!
No fluxo
e refluxo de seu ‘’pessismo ativo’’
ainda respira
o mundo, célebre pessimismo
da
inteligência, otimismo da verdade,
vitalismo
da vontade e KulturKritik
radicalizada,
xamânica, diaboloziando,
entre um
Maquiavel desenganado
e um Marx
profeta, toda a civilização industrial.
O rosto
intelectual do mundo incha-se
com a
chegada dos mestres da severidade:
surgem
Heidegger e Splenger, Adorno,
Marcuse e
Levi-Strauss, diante dos quais
nenhuma garganta
permanece ilesa.
Provas de
consistência autopsial
respondem
com tremores
a seus
diagnósticos políticos
e
estranhos apertos de mão culturais.
Heidegger
(evidentemente) recusa todos.
Toda a
positividade do progresso
ilhada por conflitos realistas,
da raça
de Maquiavel, e minha
continuação
política no palco
por
outros meios, sustentando-se
apenas
como uma demão
nas
virtualidades pacíficas da economia,
orientado
pelo Stablishment
a buscar
apenas o sentido dos acontecimentos
e não uma
história com sentido.
Retórica
regulação das idéias
racionais
e, ao mesmo tempo,
prática utópica
covarde
congelando
noções de progresso
de
encontro à pele fria da realidade.
Matheus Dulci , KM
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