Tudo
aqui vem de longe, inclusive
nossos
restos sátiros, táticos e
francos
pretextos para simulacros,
para que
entre essas coisas todas
não hajam
abismos de comunicação
fulgurando
em nossos televisores.
O poeta
simbolista, e seu jornal de
‘’restos
de Mário’’, retira-se mergulhado
em silêncio
de resposta bem dada.
No fim
de seis meses, volta,
projetando
do sobrado
a sobra
de suas certezas místicas
(costelas
adâmicas reivindicam-nas
contorcendo-se
com selvageria
no meio
do mundo).
Enquanto
a Realidade
fede com
lentidão de coqueiro,
a
Loja, fechada, protesta lá dentro.
Partículas
DAQUILO no perguntar-se geral.
Lá fora,
porém, todos sabem menos
cada qual
do que saberia um coco
sobre
o novo harakiri tântrico do poeta.
Sabem somente
que revoluções ininteligíveis
aconteceram
sem que ninguém percebesse
modelando
milagres num farrancho
e afirmando
o poeta tanto quanto Cristo
no
frontispício do Teatro dos Preços. CRUX!
Hospício
pendurado por pregos na fama
--- totalmente
acuado? -- em meio às
loucas
comparações do poeta e,
em
homenagem a Holderlin ---- O canto!
O aceno
essencialista do canto
que desemboca
em Pound
como
quem desemboca no Logos.
Depois,
o Heidegger-xamã, o
Derridá iniciático, IMPLODEM-NO!
Derridá iniciático, IMPLODEM-NO!
Pois ali
apelava-se aos
angulos
obscuros mistéricos,
ao
passo de semente à energia
do verbo
por conta própria
enclareirando-se
.
Mar-matéria
em ebulição,
formas
do mundo, plasma
coleando
nervos à mostra
nos seus
balanços, seu jogos
de
holofotes cruzados – como se
secretassem,
à distância,
num
fiapo de paisagem lúcida,
seus
escritórios de roleta-russa.
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