THAUMADZEIN
O desejo
de mandar, de
dominar e
não ser dominado,
sem risco
de raio ou curto-circuito
extraído
da vida doméstica
e
transposto para a esfera política.
O CORPO
está todo ali, em
riste,
feito uma garra fechada;
a família
atrás, encolhida,
apenas
toca a corda de um arco
que não
dispara: ação hesitante,
dir-se-ia
um vibrato de ação,
numa
velocidade autolimitante
que não
se alimenta de nada visível.
O CORPO,
então, sitiado
por si
próprio, crava os olhos
na
própria casca, a linguagem
dispara
dos nervos transvalorados
em alta
velocidade devorando
cada
palavra certeira
que sai
da própria boca, em fuga.
A
audiência recebe o impacto na cara
enquanto
do animal nietzscheano, ''capaz de prometer'',
no
palanque resta apenas
um
interesse suspenso
e um
metal torcido pela voz
forçando
os maxilares
num
esboço de decisão.
ZONA DE INDISCERNIBILIDADE CINZENTA
Pelas
fêmeas dispersas na multidão ululante,
CLICK,
boas lembranças para editar
e
assistir à seco na LUZ ASTRAL,
mudando
suas pernas de lugar
de
acordo com a velocidade do feed-back.
Com
certezas de inocência que,
no
entanto, me derrotavam à queima-roupa,
esmagando
minhas manias políticas
naquela
zona de indiscernibilidade cinzenta
de que
o Governo me suprimira, em seu Orçamento.
''É
necessário, porém, pesquisá-la a fundo''
continuei
''até na gruta de nossos defeitos’’.
Tentando
sobreviver politicamente
às
minhas inumerabilidades místicas
(irrenunciáveis,
indeclináveis)
com
abordagens exageradamente defensivas
contra
os riscos capitais da Justiça.
E
porque NELA estão bem feitos
todos
os esboços do mundo,
sentem-se
sacudidos por ventos e ameaças
quando
tentam arrastar consigo
(com
pressa, para fora dela)
seus
escombros chamuscados.
Trâmite
de aprumo. Eis um otimista
renovando
sua Kabala: ajustando,
remendando,
lixando e melhorando
a
cautela obrigatória de cada um
com
glândulas que secretam consternação
e
sedimentos de valores morais perdidos.
Suplício
republicano básico? alegórico?,
mini-série
espúria de telejornal
como
forma superior de Democracia?
Thaumadzein:
acomodar Alkaseltzer
nas
amígdalas e assistir à TV, com um
supremo
rasgo de autocrítica suicida
nos
fuzilando por dentro o tempo todo?
Não
nos neguemos, nessa hora grave,
a
sermos esse tipo de monstro ---
pois
já não somos a Suíça da América
buscando
alívio na fobia do deslumbramento,
nem
animais políticos de carne mole
rastejando
sob os holofotes,
em
busca de uma morte famosa,
balofa
e analfabeta
nas
urnas...
Matheus Dulci , KM
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